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sexta-feira, 15 de junho de 2012


Antes de Tudo

Um desespero
Ânsia, vontade
Tudo querendo explodir, controverso
O corpo treme, respira
Arfante

Pausa
             (dramática)

Uma chamada


ouço...

Tudo querendo ruir
Vozes trêmulas, perdidas
Nervoso
Sem pausa
Contínuo
Tudo tenso e eufórico
Cresço, adormeço
Sol insuportável
Uma ressaca pra distrair minhas horas
As próximas horas...

                                                                              à Martha Maria

Pra ela

Queria falar
Dizer coisas à respeito
Queria explicar, conjeturar
Dissertar
Esse ímpeto de externar coisas
De também querer saber
Essa abundancia de idéias  
Invade
Me lança de encontro, sempre, a ela
Por hora, solilóquio

Um ensaio dissimula o real
Um tranco
E ela vem!
Nosso encontro
Still
A cena trava
Ali, o ar quente
Acariciando os rostos
Eu sinto seus batimentos
Nós parados
Os bobos ao redor
Sempre os idiotas!
Nós colados
O tempo...
 rende
Corte!

Queria estar
Sentir coisas com a boca
Queria provar, sorver
Comungar
Essa convocação de desejo
De evocar sua alma
Esse corpo dessa essência
Prende
Arrebata minha carne, meu gozo

Queria saber tuas horas
Queria prender tua vida
Passear no teu cotidiano
Sentir o teu sono
Dormir teus sonhos
Apagar num abraço

Mas, por hora...
Solilóquio
                                                                                à Martha Maria

quarta-feira, 28 de março de 2012

Prenhe

De minha cabeça, nascem milhões
Minha cabeça prenhe
Prenhez o caos
De minha cabeça
A luz, o breu
O luto num terno alinhado
Flores espocam da lapela em cores vivas
A alfaiataria do palhaço
Meu nariz-edema espuma
Expulsa gente durante o caminho
São transeuntes de todos os tipos
A visão do inferno formigueiro
E um paraíso colmeia
Que repulsa o "santificado" nome de uma espúria liturgia
Sem heresia, só alegria!
De minha cabeça nascem 
Infernos abençoados
Céu conspurcado 
Cobra com asa, meu irmão!
Anjos assanhados
Capetas imaculados
Ela
Amando, divagando, doando 

Minha cabeça pari

Diferente (EU)

Surge em mim alguém diferente
Desperta a semente que se fazia guardada
Detona a caverna, agora vazia
Onde escondia meu medo
Desarma a apatia ha muito instaurada
Invade, lava à ducha fria
Sacode, remove e...
Acrescenta e cresce
Rijo, hirsuto
Esse outro
Esse meu
Esse teu novo homem

sábado, 2 de outubro de 2010

By Jonhn Lennon 

Olhando O Movimento

As pessoas dizem que eu sou louco por fazer o que faço
Bem eles me dão todos os tipos de conselhos para me salvar do fracasso
Quando eu digo que eu estou o.k, bem eles olham para mim de um jeito estranho
Com certeza você não está feliz agora que você já não joga (mais) o jogo
As pessoas dizem que eu sou preguiçoso fazendo de minha vida apenas sonhos
Bem eles me dão todos os tipos de conselho feitos para me iluminar
Quando eu lhes falo que eu estou bem assistindo sombras de na parede
Você não sente falta do menino daquele tempo grandioso, que você não é mais?

Eu estou apenas sentado aqui olhando o movimento
Eu realmente adoro ver o movimento
Já não monto no carrossel
Eu apenas tive que deixar rolar

Ah, as pessoas fazem perguntas, perdidas em confusão
Bem, eu lhes digo que não há problemas, só soluções,
Bem, eles balançam suas cabeças e me olham como se eu tivesse perdido a razão
Eu lhes digo que não há nenhuma pressa
Eu apenas estou sentado aqui 'fazendo hora'

Eu estou apenas sentado aqui olhando o movimento
Eu realmente adoro ver o movimento
Já não monto no carrossel eu apenas tive que deixar ir
Eu apenas tive que deixar rolar
Eu apenas tive que deixar rolar
Eu apenas tive que deixar rolar

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

  
   Ás vezes fome, ás vezes dor
   Ás vezes prazer...
   As ondas vem
   Lavam meus instintos
   Trazem o limbo
   A criação descontrolada de pensamentos
   A fome da musicista apertando com ardor
as cordas contra o violino.
   Os dedos do desejo...                             2001

sábado, 14 de agosto de 2010

De passagem

Essa imagem é boa!
E minha cabeça “avoa”
Tudo na viagem
Refletindo a imagem,
O cinema de passagem.
As idéias se projetam
Protejam meu estro
Salvem minha cabeça!
Não perturbem a minha natureza.

A miragem
a verdade
a paisagem
de passagem
na viagem.

Quero seguir aqui, por enquanto
Não tenho ponto pra saltar
 Não vou trabalhar!
No quiero regressar!”
Sigo, vagabundo
cantando, marginal
Assovio uma letra
Comigo não tem treta!
Pequenos delitos...
Sigo no transporte
Eu, “Trem Bala”
Certeiro em sua fronte
Sem alojamento
São várias cabeças no coletivo
Mas eu, vou ligeiro
Minha cabeça “avoa”
É “Trem Bala”
Nada me detém!